Paranapiacaba botas e Pneus no barro

No ultimo Domingo bem cedo calçamos as botas e pegamos a estrada novamente, desta vez mais próximo de casa e em trio, eu e minhas parceiras inseparáveis Grace (meu amor) e a Monstrinha (nosso tanque de guerra).

Pegamos a Anchieta sentido Riacho Grande é um caminho mais agradável de fazer ao invés do transito e faróis de Mauá e Ribeirão Pires, na Rodovia Índio Tibiriçá confiei no GPS e entrei em uma direita diferente do caminho que conheço ai começou a aventura! Estrada do Caçula que liga Ribeirão Pires a Rio Grande da Serra em meio à mata fechada no alto da Serra do Mar uma verdadeira Trilha, pior é que a Monstra tinha acabado de tomar banho!!!! Foram os 15Km mais emocionantes do domingo, eu não sabia onde estava, o GPS disse que sabia e a Grace já pensando “” Estamos Perdidos ”” ,mas deu tudo certo em pouco tempo estávamos chegando em Paranapiacaba vivos!

Nossa idéia principal era fazer uma trilha logo de manha, mas para nossa tristeza e minha futura indignação fomos informados por um guia que só havia uma Trilha disponível para visitação ,como assim só uma disponível, Paranapiacaba tem inúmeras trilhas não existe isso de trilha disponível!!! Estávamos sendo obrigados a fazer uma trilha que não era do nosso interesse no momento e mediante ao pagamento de uma taxa ao guia!!! Tudo bem concordo que um guia é fundamental para este tipo de atividade e eles devem ser remunerados e muito bem, pois, é uma puta responsabilidade e é também uma forma de recuperar a trilha! Mas não é que eu estou batendo no peito e dizendo eu sou f..... ! Ando no mato em trilhas a um bom tempo sei me orientar e sei dos perigos da Floresta!

Então seguindo a dica de um morador fomos conhecer a comunidade Taquárussu onde tem um lindo e misterioso lago e umas trilhas para carros e motos um caminho bem legal 5Km de estrada de terra com muito buraco, pedra e uns desvios pra quem tem Cara, carro e coragem para enfrentar!

Lago Taquarussu

 

No caminho descobrimos algumas trilhas, umas fechadas com portão e cadeado e uma aberta “Trilha da Comunidade” que leva a um dos pontos mais altos do Parque Nascentes (que também estava fechado) ela foi nosso alvo na parte da tarde, largamos a Monstra na estrada e foi nossa vez de pisar na lama e enfrentar as duas horas de caminhada, em nível difícil. Subida forte em alguns pontos, mata bem fechada e muitas arvores caídas fechando a trilha, onde tinha que ter muito mais atenção para não perder o caminho e guardar na mente o desvio a ser feito na volta,

umas paradas pra curtir os riachos que cortam a parte baixa da trilha e repor as energias, só não rolou um banho de cachoeira porque estava gelada a água e a ultima vez que entrei em uma cachoeira em Paranapiacaba peguei uma gripe de duas semanas! Enfim chegamos ao cume, meio caminho andado aceleramos a volta, pois, a neblina começou a tomar o lugar, e quem conhece sabe que a neblina de lá quando desce é pra ficar e dificulta a visão do caminho.

A volta acelerada me rendeu um belo e engraçado tombo, escorreguei em um barranco e cai de bunda em uma pequena fenda entre uma pedra e o barranco, resultado fiquei entalado (com a bunda presa) na fenda, e quanto ao socorro, ele demorou pra ajudar, pois, estava rindo e tirando fotos da minha situação delicada e engraçada (valeu amor), depois de estragar um pedaço da trilha quebrando o barranco sai do sufoco apenas com a bermuda suja de barro!!!

Fim da trilha, chegamos à estrada e voltamos para a cidade em seu melhor momento, totalmente coberta pela neblina, com a Maria Fumaça apitando enquanto rolava uma festa Junina com direito a Show no Coreto e belos doces!!!

Paranapiacaba é um lugar fantástico, rico em historia, belezas naturais, boa comida caseira, povo acolhedor e é claro chega a ser meio sinistro as vezes, vale muito a pena passar um dia na região e não esqueça, uma boa companhia é fundamental.

Até a próxima!!!

Algumas fotos do dia:

 Grace e o que sobrou da antiga Maria Fumaça

Tocando a Monstra na Trilha

 Lago Taquarussu

 Amigo feito no lago (encontramos ele na festa no fim da tarde)

 Carro usado para retirar o minério da Montanha

 (varios carros iguais a este formam um circulo em volta do lago, sinistro)

 Trilha

 O pessoal das duas rodas ajudam a compor a trilha sonora no local, você não os ve mas escuta muito bem o barulho das maquinas na mata

 Solidariedade, não deixe um irmão de aventura pra trás!

(emprestando as ferramentas)

Inicio da Trilha

 (há muitos troncos caidos, em alguns momentos o unigo jeito era passar quase de joelhos)

 E muito bambu

(Grace abrindo uma cortina natural de Bambu)

 Passando por dentro da raiz de uma grande arvore caida

(de joelhos)

 No cume

Pequena cachoeira, porém muito linda

 Festa na cidade

(todo mundo arrumadinho e nós dois cheios de barro nos pés eu mais na bunda depois do tombo)

Casas da Vila, todas no mesmo padrão

(muitas delas funcionam como restaurantes, cafés e casa de chá com os moradores dentro)